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Post n.4: Como funciona o sistema de pós-graduação em moda na Europa?

Atualizado: 2 de dez. de 2020



Este é o quarto post da série estudar moda na Europa. Leia todos eles para entender as opções que existem para atender as diferentes etapas de sua formação.

Antes de entender como funciona a pós-graduação em moda na Europa, é importante entender qual é o princípio do ensino universitário. Internacionalmente, consideramos três fases distintas de formação: quem não entrou na faculdade, quem está na faculdade e quem já concluiu a faculdade.


Por faculdade, entendemos diferentes formações para as quais se exige a conclusão de um curso equivalente ao ensino médio, o que corresponde, em grande parte das vezes, a um ensino que dura 13 anos (do primeiro ano do ensino fundamental ao último do ensino médio). Depois, na faculdade, normalmente os cursos têm duração entre 3 e 5 anos e, finalmente, estão os programas de pós-graduação. Mas para entender a pós-graduação, é necessário fazer uma introdução à graduação na Europa.


Depois da instalação do Tratado de Bolonha na Europa, como um sistema de equivalência de estudos para que os estudantes universitários pudessem transitar entre os diferentes países, o sistema de ensino europeu adotou o modelo de créditos de ensino (ECT) que equivalem a um determinado número de horas de estudos. Assim, as diferentes carreiras exigem a conclusão de uma quantidade de créditos variada conforme cada uma das áreas de ensino, pois os créditos são divididos de acordo com a abordagem disciplinar. Por exemplo, para se formar nas carreiras de artes, você poderia ter que cursar um determinado número de créditos em arte e outra quantidade em arquitetura ou literatura. Basicamente, essa é a lógica que faz com que os cursos possam ser cumpridos num período mínimo de 3 a 5 anos.


Com exceção do Reino Unido, nos demais países o ensino da moda é bem dividido entre formações que se dividem entre carreiras universitárias e não universitárias, mas sempre se exige a formação prévia do ensino médio. Nas universidades os cursos tendem a ser mais horizontais e abrangentes e bem menos focados no produto e ao fim o estudante receberá um diploma equivalente ao ensino superior. Nas famosas instituições, por outro lado, nas quais o ensino da moda é baseado em projetos, o diploma concedido muitas vezes não é equivalente a um título universitário. Apesar disso, essas mesmas instituições oferecem másters de especialização que, portanto, não correspondem ao mestrado brasileiro.


Para concluir e pensar na possibilidade de estudar na Europa como um estudante estrangeiro, temos que ter em mente alguns pontos:


  • Cursos regulares, com mais de um ano de duração e que ofereçam diplomas e não certificados, exigem a conclusão do ensino médio (em qualquer país, não é necessário que seja local).

  • Cursos de graduação que possuam o grau equivalente de título universitário, têm muitas exigências, como por exemplo domínio do idioma comprovado, traduções de documentos, algum sistema legal de ingresso etc.

  • Cursos de formação profissional, ainda que com duração de três anos, podem não ser equivalentes a um título universitário. Isso não é um problema nem um demérito, mas se o estudante deseja depois cursar um doutorado, por exemplo, terá que complementar os estudos.

  • Os másters muitas vezes são cursos de especialização e não dão diplomas oficiais. É possível convalidá-los cumprindo créditos adicionais, mas os cursos isoladamente, são de desenvolvimento profissional e prático, normalmente.

  • Se você pretende cursar um Doutorado que te dê acesso a uma carreira acadêmica, deverá procurar uma universidade e conhecer os programas específicos para esse nível de ensino. Másters não compreendem essa possibilidade.


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