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Inspiração: 6 designers latino-americanos com criações artesanais para ficar de olho

Atualizado: 30 de ago. de 2022

De acordo com o relatório 'Consumidor do Futuro 2022' assinado pela plataforma de previsão de tendências WSGN, os novos compradores são mais sustentáveis, comunitários, nostálgicos e otimistas. Além disso, eles são mais suscetíveis à valorização da interação humana e do feito à mão, uma vez que os processos de produção estão cada vez mais massificados e o próprio consumidor se sente perdido na cadeia. O cenário pandêmico de confinamento também contribuiu para a mudança do consumo, que aos poucos, se vê mais consciente e antenado aos contextos que está atrelado.


Na América Latina esse movimento tem ainda mais força, aliás, esse pode ser o nosso momento de se destacar. Afirmamos isso porque temos muito para oferecer à moda global, já que nossas técnicas e saberes são de beleza extrema e de grande qualidade técnica. Não é por acaso que os designers latino-americanos tem se destacado quando o assunto é unir moda + artesanato.


Pensando nisso, ao longo do mês viemos discutindo a importância do artesanato na moda, que tem tudo a ver com esse novo momento do mercado e as demandas dos futuros consumidores e criadores. Para se inspirar, conheça 6 marcas e designers latino-americanos que estão fazendo um trabalho único e inovador por meio do artesanato, e que mostram que além de atemporal, ele é atual, moderno, criativo e impactante.


Confira:


1. CHAIN


A marca da designer argentina Lucia Chain é “minimalista, consciente, natural e rebelde”, como ela mesmo descreve. Suas peças são feitas de tecidos eco-friendly e sustentáveis, que são tingidos a mão por tintas orgânicas e feitas uma por uma em seu ateliê em Buenos Aires. Além de peças agênero, que estão cada vez mais presentes nas coleções mundo afora, e com uma política “zero waste”, Chain se preocupa com a humanização dos processos, além da sustentabilidade, claro, e alia o trabalho artesanal à tecnologia.



2. Juan de La Paz


Os bolivianos Juan Pereira e Andrés Jordan produzem suas coleções com materiais naturais e fios, e contam com a colaboração de comunidades artesãs e produtores locais localizados na Bolívia e no Peru. O propósito da marca é valorizar o conhecimento ancestral das diferentes comunidades artesãs, que procuram redefinir os parâmetros do luxo de forma alinhada com os desafios da sustentabilidade.


As coleções buscam sempre novos enfoques e são compostas por peças atemporais, com muitas franjas, bordados e movimentos.



3. Gabriela Hearst


A uruguaia Gabriela Hearst é, provavelmente, o nome mais conhecido da lista. Em 2015 lançou sua marca homônima, que tem como ideai a produção slow, “onde as coisas são feitas com cuidado e detalhe, onde a tradição é mais importante do que a tendência, e onde há um propósito para cada peça”. Gabriela se baseia no que chama de “honest luxury”, ou seja, uma marca de luxo que, de maneira ética e sustentável, se importa com a origem do produto e com quem o está produzindo.


Desde 2020 Hearst também é diretora criativa da Chloé, mas seu trabalho atemporal com técnicas artesanais como o tricô e o crochê foram responsáveis por lançar a carreira da estilista, que em 2020 ganhou um dos prêmios mais importantes da moda, o “Womenswear Designer of the Year” do comitê CFDA Fashion Awards.



4. Flávia Aranha


Flavia Aranha é uma designer brasileira que acredita e cria baseada no conceito de “roupa viva”, ou seja, da proximidade da produção com a humanidade de cada um e da roupa como uma forma de se conectar com a sua ancestralidade.


Algumas de suas peças são desenvolvidas a partir de tecidos de seda, sisal bordado ou de algodão orgânico, que são fiados e tingidos por artesãos brasileiros de forma natural. O design essencial e afetivo também carrega a responsabilidade holística e social, que impacta comunidades artesãs de todas as partes do Brasil.



5. Ponto Firme


Ponto Firme é um projeto social liderado pelo estilista Gustavo Silvestre, que por meio dele, ensina crochê aos os detentos da penitenciária masculina “Adriano Marrey” em Guarulhos, São Paulo. Com um fio e uma agulha, Gustavo tem o propósito da reeducação e inclusão social desde 2015. Em 2018 o projeto entrou para a line-up do SPFW, e já está na sua quarta participação na semana de moda.


A iniciativa já está tão consolidada e se mostra tão potente, que um grupo de egressos carcerários também formam o time de Gustavo Silvestre. Além de emocionante, os desfiles nos encantam com roupas criativas e únicas, que já possuem uma identidade, como o upcycling e as frases de impacto bordadas em peças lisas.



6. Aparaitinga


A marca idealizada por Helena Saad, além de artesanal e sustentável, carrega o propósito social de formar um coletivo de mulheres artesãs da cidade de São Luís do Paraitinga, no interior de São Paulo. Por meio da renda do projeto, o objetivo é garantir a emancipação financeira e o resgate da autoestima dessas mulheres, que recebem todo o apoio necessário para continuarem avançando e se especializando na técnica do tricô.


Os tricôs vibrantes ou em tons pastel são feitos com lãs de merino e alpaca (biodegradáveis) e tingidos com materiais eco-friendly. Na Aparaitinga, o conforto se une ao estilo e ao impacto social.



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De setembro a dezembro de 2022, especialistas da área de moda, design e artesanato, se reunirão na Fashion For Future para oferecer um programa de especialização em moda + artesanato totalmente exclusivo e único. Conheça o programa clicando aqui.




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