A indústria e os consumidores precisam mudar a forma de pensar a sustentabilidade na moda, fomentando novas formas de comportamento. A pesquisadora inglesa Kate Fletcher nos indica o maior mito sobre a sustentabilidade não moda "não é somente sobre materiais e tecnologias. É também sobre comportamento, relações e maneiras de pensar."
Foi com essa abordagem que a Fashion for Future organizou seu webinar sobre sustentabilidade. Investindo na discussão sobre a sustentabilidade na prática, trouxemos exemplos reais abordando novos modelos de negócios a novas maneiras de pensar a partir dos principais agentes: designers e consumidores.
Confira todos exemplos citados no nosso webinar ao vivo: :
I was a Sari: projeto ítalo-indiano que produz novas peças de roupas a partir dos trajes típicos indianos, os chamados saris. As coleções são produzidas em uma fábrica na Índia que é liderada por mulheres.
EON: a empresa cria uma ID (identidade digital) - como se fosse um RG - para cada peça de roupa. Por meio de um aplicativo o consumidor pode escanear esse ID e rastrear toda a cadeia de produção, logística e vendas do produto. O objetivo é ter uma cadeia mais transparente e facilitar a pós vida do produto, incentivando a economia circular.
Very Important Choice: é uma empresa italiana que oferece uma assinatura para o aluguel de roupas sustentáveis. Muito diferente do modelo de aluguéis de vestido de festa, nesse caso o cliente paga um valor por mês e de acordo com o plano de assinatura escolhe suas peças para o uso no dia-a-dia, depois de usá-las é só devolver para receber novas. O grande diferencial da VIC é que todas as marcas parceiras são sustentáveis.
Prime Wardrobe: é o serviço de assinatura da Amazon para que o cliente possa provar as roupas em casa antes de comprá-las. Ele funciona a partir da assinatura do serviço prime da Amazon e muda a forma de consumo, sendo muito mais assertivo, já que possui uma consultoria de estilo e uma logística local.
Stella McCartney: olhar cuidadosamente os materiais usados pela marca é uma forma de entender mais sobre inovação e sustentabilidade nos têxteis a partir do exemplo precursor de Stella McCartney. Em seu site há uma área dedicada à explicá-los e identificá-los.
Dr Mark Liu: O designer e PhD desenvolveu uma técnica para fazer os moldes das roupas com desperdício zero partindo da matemática não-euclidiana. Depois de fundar sua marca, a Esthetica, ele decidiu se dedicar à formação de novos designers ensinando-os como reproduzir a técnica sustentável em suas coleções.
Patagônia + Ifixit: a marca Patagônia, conhecida pelo seu alto índice de sustentabilidade, estabeleceu uma parceria com a Ifixit e juntos criaram um manual online sobre como cuidar e consertar suas peças para que elas durem mais tempo. Até um kit de reparos foi enviado aos clientes e suas peças possuem garantia vitalícia.
E.L.V. Denim: Criadas e produzidos em Londres, as peças em jeans da marca E.L.V. Denim (sigla para East London Vintage), são produzidos somente com o descarte de outras peças jeans. A missão da marca é criar produtos com zero descarte e design inovador.
Relatórios e manuais da Fashion Revolution: a Fashion Revolution Brasil possui diversos materiais de estudo para conscientizar e educar o consumidor e os agentes da cadeia de moda. Todos disponíveis para download gratuito.
Good on You: essa é uma plataforma que estuda o nível de sustentabilidade das marcas de moda. Com mais de mil marcas avaliadas o consumidor pode consultar o aplicativo para entender quais aspectos sustentáveis - ou não - uma marca possui antes de comprar suas peças.
Vestiaire Collective: Um dos marketplaces mais famosos para peças usadas, possui uma equipe que avalia a qualidade e autenticidade das peças. Foi a primeira loja de peças vintage a estar presente em uma loja de departamentos. Atualmente, além de ter presença online, a Vestiaire collective possui um espaço na Selfridges em Londres.
Para aprender mais sobre sustentabilidade na moda assista nosso webinar na íntegra:
As matrículas para o curso Moda Pela Mudança, edição 2022, já estão abertas.
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