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Quais são os 5 erros mais comuns de quem pesquisa moda na Europa?

Atualizado: 17 de ago. de 2020


Showroom durante o Milano Fashion Week SS2020

Desde que o Brasil estabeleceu um sistema de moda completo - com indústrias, escolas, mídia especializada e marcas próprias -, é comum viajar à Europa para a pesquisa de tendências. Existem profissionais especializados nessas pesquisas, existem grupos fechados organizados para as pesquisas e existem aulas preparatórias para as pesquisas. Nesse segmento, as empresas que distribuem gratuitamente ou vendem as informações sobre moda para diferentes países incluindo o Brasil, são também grandes negócios. Esse suporte profissional é muito útil para que o pesquisador de moda garanta o retorno de seu investimento, mas é possível empreender essa viajem sozinho: confira os principais erros cometidos nessas viagens para evitá-los.


  1. Itinerário: O erro mais comum é o desenho do itinerário. Selecionar o que será visitado (quais cidades, evitando lugares com nenhuma tradição em moda) e também criar um percurso produtivo em cada cidade, pois temos que considerar o deslocamento entre um lugar e outro e, também, o horário de funcionamento e abertura ao público. Na Europa muitos negócios abrem depois das 11 horas da manhã, fecham para o almoço e às vezes não abrem às segundas ou aos domingos. Então é melhor colocar tudo no Google Maps e conferir os horários pra ver quanto tempo demora de um lugar a outro. Separando a cidade por zonas, fica muito mais fácil deslocar-se e aproveitar o tempo.

  2. Seleção: O objetivo da viagem precisa ser muito claro e criterioso porque vivemos uma época que todas as tendências de moda são viáveis ao mesmo tempo. Um dos erros mais comuns, é visitar os lugares aleatoriamente sem planejamento. A seleção das marcas pra visitar deve ser feita com base no lifestyle de público - que em Milão é gigantesco -, permitindo analisar o que está acontecendo em termos de tendências de moda, comportamento de consumo, visual merchandising, vitrinismo, styling etc.

  3. Compras: A cópia de modelos é uma prática muito ultrapassada, já que é a diferença e a originalidade que promovem uma conquista de mercado real. Então, não é necessário comprar os modelos para reproduzi-los - o que é um erro reincidente -, mas sim, selecionar cuidadosamente aquilo que interessa para pesquisar materiais, acabamentos, texturas etc. A compra de peças deve ter foco nas questões técnicas que permitam um aprimoramento dos processos produtivos. A parte visual já está disponível em fotografias, revistas, internet etc.

  4. B2B: A viagem não deve terminar na visita às ruas. É importante, antes de viajar, selecionar provedores de materiais e tecnologia (maquinários, tingimento, estamparia etc.) para conhecer os avanços. Se for possível, fazer coincidir a viagem com alguma feira de negócios ajuda bastante, pois tudo fica mais concentrado. A partir do contato com os provedores, você sempre ficará sabendo antecipadamente dos lançamentos e terá informação privilegiada.

  5. Registro: Normalmente acreditamos que as fotografias são o melhor registro dessas viagens, mas elas apenas são uma parte. As anotações prévias e a estruturação da pesquisa com metodologia e coerência, contribuirão para sintetizar todas as informações posteriormente e transformar a viagem numa ampla biblioteca de dados para criar a próxima coleção.







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