A profissionalização no campo da Análise das Tendências e da Pesquisa de Tendências, têm se acentuado na última década. O crescimento pelo interesse nesse assunto aumentou na mesma medida em que a difusão discurso do fim das tendências cresceu: muita gente andou apostando que a vitória da democracia da moda indicava que não fazia mais nenhum sentido investir no discurso das tendências. Será?
Parece que não, que os adivinhadores não estavam certos. O que vemos hoje é uma super valorização do profissional de pesquisa e análise que, ao contrário de ter um perfil “criativo” que olha para “se inspirar”, tem um perfil bem mais estratégico e analítico. Seus olhos selecionam, hierarquizam, categorizam, analisam, decantam e então sugerem novos caminhos.
Parece difícil? Sim, e é muito!
E a dificuldade não se concentra em opções para ver – são muitas e bem disponíveis -, mas em o que ver, como ver e finalmente na conclusão. Chegar à definição do que é útil e inútil em nosso caso quando o assunto é informação de moda, não é tarefa para leigos.
Da pesquisa de tendências à análise de tendências
Podemos dizer que até a primeira década dos anos 2000, a pesquisa de tendências que estava baseada no produto funcionava. Era efetiva porque por si só, era seletiva. Era necessário investir em todos os gastos de uma viagem, conhecer as lojas e marcas, adquirir produtos, fazer fotos e então retornar para o ponto de partida com uma mala "cheia de inspirações." O custo disso tudo não era baixo e, por isso, apenas empresas mais poderosas e profissionais de liderança participavam desse Grand Tour.
Depois da popularização dos bilhetes aéreos e hotelaria, dos smartphones, da comunicação em tempo real e, principalmente, da digitalização comercial (com o surgimento de marketplaces e lojas online), a viagem de “compras de inspiração” ficou totalmente obsoleta, não tem nenhum sentido.
Da menor à maior empresa de moda, todas podem assistir ao mesmo tempo um desfile ou olhar os detalhes de uma peça de roupa em alta e, se quiserem viajar, existem opções econômicas. Além disso, conteúdo gratuito em busca de likes e engajamento é o que não falta nas plataformas de “jornalismo de moda” que se dizem, também, de informação de moda e tendências.
Mas a análise de tendências, é bem diferente disso que costumava-se chamar de pesquisa de tendências.
Análise de tendências, ou informação de moda qualitativa, é a conclusão que podemos tomar sobre o caminho que nosso mercado consumidor está trilhando e, portanto, permite prever o que podemos criar e produzir para encontrá-lo lá adiante.
Como isso funciona?
Imagine que sua empresa cria e produz camisetas. O que você está criando hoje, será produzido amanhã, e estará nas ruas na semana que vem. O seu consumidor, portanto, dá indícios hoje daquilo que ele vai querer usar na semana que vem e é exatamente essa informação que você precisa ser capaz de captar. O que ele vai querer daqui há um tempo, com base no que existe hoje e em seu comportamento. É isso o que o analista de tendências precisa "prever", lembrando que não é uma camisa de força. O consumidor pode mudar de ideia e, por isso, a análise de tendências é multifocada, simultânea e diária.
A análise de tendências então funciona com base em pesquisas qualitativas e quantitativas de elementos-chave que caracterizam o modo como nos comportamos, essencialmente, neste caso, com relação à moda e ao consumo de roupas. Ela deposita seu olhar nas ruas, nos lançamentos de produtos, nas feiras e também nos desfiles. Utiliza metodologias de interpretação visual e contextual bem efetivas que, entre outros argumentos, interpreta:
Temas: para entender quais os discursos que estão causando aderência e engajamento
Cores: para perceber a visão estética do consumidor nesse momento, além dos avanços tecnológicos
Estilos construtivos: para determinar o nascimento de identidades e de visão de corpos, gênero etc.
Styling: para entender a conexão da moda com todas as outras dimensões do corpo e da própria cultura da aparência
Materiais: adquirir informações atualizadas sobre inovações tecnológicas e estéticas no campo
Detalhes construtivos: para aprimorar o desenvolvimento dos produtos de moda e explorar novas funcionalidades
Os desafios que os analistas de tendências encontram nessa jornada são muitos, mas dois se destacam devido à sua dependência efetiva da sensibilidade treinada pelas teorias que dão vida à própria criação. Saber o que olhar e fazer uma leitura “esquartejadora” daquilo que está sendo visto, é o que separa amadores de profissionais. Depende de muitas habilidades de interpretação visual, que se baseiam em conhecimentos que devem ser fomentados em qualquer profissional da moda do século 21.
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Benefícios da análise de tendências para seu negócio de moda: o poder da informação de moda de qualidade
Os benefícios da análise de tendências são inúmeros, mas os principais resumem-se ao sucesso comercial dos lançamentos. Uma análise de boa qualidade, que aporte informações corretas, consegue conduzir a criação para uma grande assertividade.
Captação de desejos de consumo do público delimitado e público idealizado
Percepção sobre fases de inovação dos produtos para diferentes públicos
Condução de pesquisas de materiais com grande antecipação
Avanço nos estudos de modelagem e silhuetas
Contextualização das criações, coleções e temas
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