Ainda que se fale muito de que a estamparia têxtil é uma técnica milenar e que, portanto, os tipos de estampa ainda hoje guardam relação com temos imemoriáveis, foi a partir da década de 1950 que uma noção de estilo se estabeleceu nas estampas. Diferentemente do que pode ser considerado estilo no vestuário, o estilo na estamparia tem a ver com a técnica de desenho e, também, com a técnica ou tecnologia de impressão. A possiblidade de estampar grande diversidade de imagens e, inclusive, de distribui-las de maneiras diferentes nos tecidos, é que configura os estilos.
Partindo do início, deve ficar claro que um estilo na estamparia é definido quando uma série de atributos gráficos e narrativos se repetem com pequenas variáveis. Por exemplo, os florais: podemos criar estampas de flores de inúmeras maneiras e o que elas têm em comum é justamente essa narrativa: simulam ou representam jardins, buquês, flores isoladas etc. e podem ser multicoloridas, monocromáticas, estilizadas, realísticas ou assumir outras formas. Os florais serão em si mesmo um estilo? Não, na verdade, são uma categoria, enquanto que o estilo é o tratamento gráfico que se dá aos elementos estampados e, portanto, florais e não florais podem pertencer a um mesmo estilo.
O uso dos estampados na moda, assim, ajuda a construir uma narrativa lógica. As estampas confirmam uma determinada proposta de coleção, na medida em que são selecionados estilos que possuem alinhamento com uma ideia. Não que isso não possa ser invertido criando novidade - por exemplo, usar estampas românticas em uma coleção com um apelo rocker -, mas esse é um outro ponto. Quando fazemos uma coleção infantil mais clássica, por exemplo, costumamos selecionar estampas que possuam uma linguagem simplificada além de motivos infantis. O estilo na estamparia é uma junção de duas coisas.
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