Série semanal sobre a moda e os museus.
Há muito tempo o grande público deixou de pensar que o museu é um lugar com um grande acervo de coisas antigas e que servem para estudar o passado. Cada vez mais dinâmicos, bonitos, acessíveis e interativos, os museus têm se aproximado muito de públicos diversificados, tanto especialistas que visitam o museu para um maior conhecimento sobre um assunto, quanto um público mais geral, que apenas quer conhecer aquele conteúdo e ampliar seu repertório cultural.
É o caso do Armani Silos, em Milão. É um espaço de exposição que abriga roupas e acessórios das marcas de propriedade de Giorgio Armani, e que as relaciona com seus contextos criativos. Quem não amaria visitar esse lugar?
Começando pelo início, o edifício é simplesmente espetacular. Construído a partir de um edifício pre-existente da década de 1950, onde havia uma indústria e um silo, isto é, uma espécie de fossa onde se guardavam grãos (milho, feijão etc.). Todo cinza e com uma arquitetura rígida e angular, o espaço corresponde plenamente ao estilo de roupas proposto por Armani e conservado em toda a sua trajetória.
A exposição é física e digital, com alguns computadores onde é possível identificar criações, ver publicidades da marca etc. Na parte física, os looks estão distribuídos conforme as referências que Armani utilizou para a sua criação e também com uma grande ênfase na unidade cromática e de materiais. Em resumo, peças esteticamente semelhantes - cores ou tecidos - são colocadas no mesmo ambiente independentemente da data de sua criação. O abandono da tradicional cronologia para contar uma história, é fundamental para notar como Armani tem um estilo que suavemente se transforma no tempo, mas que não persegue freneticamente as mudanças.
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