O que os grandes designers de moda (ou estilistas, ou couturiers) têm em comum?
Muitas vezes o sonho de trabalhar com moda reflete o desejo de tornar-se famoso e reconhecido. Nem todos, ainda que merecidamente, chegarão a alcançar a fama - ainda que em época de redes sociais possa ser até mais viável -, mas o que se pode dizer é que todos que alcançaram o reconhecimento público têm em comum algumas competências.
As criações e as biografias dos grandes personagens da moda nos últimos cem anos, nos dão 5 lições:
Competência construtiva: não existe um único criador de moda reconhecido que não saiba muito bem como se faz. Conhece a modelagem para poder dominá-la. Cristóbal Balenciaga, o mestre da moda espanhola, talvez seja o maior entre eles, já que foi quem se encarregou de esculpir com tecidos belíssimas coleções.
Exploração dos materiais: além de conhecer muito bem os tecidos, que são os principais materiais para as roupas, todos os criadores conceituados são inventivos quando o assunto é matéria-prima. Exploram plásticos, metais, tratamentos, tingimentos, estamparia etc., tudo de um jeito único e criativo. Atualmente, com as demandas impostas pela responsabilidade ambiental, esse conhecimento é ainda mais importante. Observando as criações de Alexander McQueen, por exemplo, poderemos ver como o designer inglês misturou os tecidos, inovou em acabamentos e trouxe para suas coleções novas texturas.
Originalidade criativa: os grandes nomes da criação, têm em comum a originalidade. Cada um, a seu modo, desenvolveu uma linguagem própria para suas coleções. Mesmo aqueles que despontaram depois dos anos 1960 adequando-se à velocidade das tendências, mantêm em suas coleções alguns princípios que os identificam e os diferenciam dos demais. Giorgio Armani, por exemplo, revolucionou continuamente o guarda-roupa feminino por meio de inspirações na alfaiataria masculina. Suas criações são únicas e originais e, ao mesmo tempo, mudam, o que representa a evolução de seu trabalho.
Ousadia: não há um único criador de moda inesquecível, que não seja lembrado por ter quebrado ou superado alguma regra. Apenas citando alguns: Chanel, redesenhou a mulher; Versace, reinterpretou o kitsch; Calvin Klein, mostrou a sensualidade masculina.
Cultura artística: todos os criadores de moda conceituados, possuem amplo conhecimento artístico. Entender sobre artes, cores, estilos, linguagens artísticas - da escultura da Antiguidade à linguagem dos videogames -, é um repertório fundamental para a criação. Nada vem do nada, tudo tem um ponto de partida que pode ser transformado. Jean Paul Gaultier, por exemplo, inspirou-se no cinema para criar coleções inesquecíveis.
Mesmo que seu propósito não seja sua marca própria, todas essas competências são inspiradoras. Não há como ser um profissional de criação sem conhecimento técnico, criatividade, repertório cultural e uma boa dose de ousadia!
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